China condena proibição da rede social RedNote em Taiwan

Em conferência de imprensa, Chen Binhua, do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, afirmou que a decisão revela o “medo” e a “insegurança” das autoridades do Partido Democrático Progressista (PDP), atualmente no poder em Taiwan.

 

“Através do Xiaohongshu, os jovens taiwaneses tomam contacto com a realidade da China continental e interagem de forma cordial com os utilizadores do continente, o que tem feito ruir a ‘câmara de isolamento informativo’, criada deliberadamente pelo PDP, e as suas calúnias contra o continente”, afirmou o porta-voz.

Chen sublinhou que, segundo dados divulgados por órgãos de comunicação taiwaneses, o Facebook esteve envolvido em quase 60 mil casos de fraude na ilha no ano passado – “muito acima” dos incidentes atribuídos ao Xiaohongshu.

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“Portanto, o que as autoridades do PDP chamam de ‘antifraude’ é, na verdade, ‘antidemocracia’. Este comportamento arbitrário obstrui a liberdade e priva brutalmente os taiwaneses, sobretudo os jovens, do direito à informação e de usar livremente as redes sociais”, disse.

“O que semeia injustiça colherá a sua ruína: as ações desenfreadas do PDP acabarão por fazê-los provar o seu próprio fruto amargo. As suas medidas retrógradas não conseguirão travar a tendência dos jovens taiwaneses para conhecer o continente e interagir com os compatriotas do outro lado do estreito”, acrescentou.

As declarações surgem depois de o Ministério do Interior de Taiwan ter anunciado na semana passada o bloqueio durante um ano da plataforma Xiaohongshu – conhecida como o “Instagram chinês” – por motivos de cibersegurança e alegadas ligações a esquemas de fraude. A aplicação conta com mais de três milhões de utilizadores em Taiwan.

Trump autoriza Nvidia a vender chips de IA na China (em troca de 25%)

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Pequim considera Taiwan uma “parte inalienável” do seu território, embora a ilha seja governada autonomamente desde 1949. Nos últimos meses, as autoridades taiwanesas têm alertado repetidamente para os riscos de cibersegurança associados ao uso de aplicações de origem chinesa.

Apesar das críticas de Chen Binhua, a China é um dos países com maior controlo sobre os conteúdos na Internet, bloqueando há anos o acesso a serviços como Google, Facebook, X (antigo Twitter) ou YouTube.

Leia Também: Taiwan bloqueia por período de um ano rede social chinesa RedNote

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