A reunião surge numa altura em que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, é alvo de duras críticas do homólogo norte-americano, Donald Trump.
“A reunião da ‘coligação dos dispostos’ de amanhã [quinta-feira], copresidida pela França e pelo Reino Unido, permitirá avançar nas garantias de segurança a oferecer à Ucrânia e na importante contribuição dos norte-americanos”, declarou Maud Bregeon.
O Eliseu precisou posteriormente que a reunião terá lugar na tarde de quinta-feira, por videoconferência.
Na segunda-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, e os primeiros-ministros britânico, Keir Starmer, e alemão, Friedrich Merz, manifestaram, em Londres, solidariedade para com Zelensky, fragilizado por um escândalo de corrupção e pelas críticas lançadas por Trump.
Os três líderes estão a trabalhar também na contraproposta a um plano norte-americano para a Ucrânia apresentado em novembro, considerado demasiado favorável à Rússia e que Kiev e aliados europeus procuram atenuar.
O presidente dos Estados Unidos, que pretende alcançar a paz a todo o custo, afirmou no domingo estar “desiludido” com o homólogo ucraniano, que, segundo Trump, “ainda não leu” o plano norte-americano.
Trump voltou à carga na terça-feira, afirmando ao site Politico que a Ucrânia deveria organizar eleições e acusando Kiev de “usar a guerra” para evitá-las.
Zelensky respondeu está pronto para eleições e garantiu que enviará rapidamente para Washington a sua versão revista do plano norte-americano para a Ucrânia.
O plano de Washington prevê que Kiev ceda territórios não ocupados pela Rússia em troca de promessas de segurança consideradas insuficientes pela Ucrânia.
Segundo Zelensky, a questão territorial e as garantias de segurança internacional figuram entre os principais pontos de bloqueio.
A Ucrânia está convencida de que, mesmo que a paz seja declarada, a Rússia acabará por atacá-la novamente, mais cedo ou mais tarde.
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