A CGTP não tem “nenhum convite nem nenhuma convocação para nenhuma reunião” com o Governo (ao contrário da UGT) e, no que às alterações à lei laboral diz respeito, “a única coisa que tem em cima da mesa neste momento” é “ainda a primeira proposta apresentada” pelo Executivo, revelou o secretário-geral, Tiago Oliveira.
“A CGTP, a única coisa que tem em cima da mesa neste momento – e como temos afirmado ao longo de todo este processo -, ainda é a primeira proposta apresentada pelo Governo, a 24 de julho. Não há outra proposta a que a CGTP tenha acesso”, afirmou, esta sexta-feira à noite, no programa “Semanário”, da RTP Notícias.
“Não há, neste momento, nenhum convite nem nenhuma convocação para nenhuma reunião”, frisou.
Questionado sobre como a CGTP interpreta este facto, Tiago Oliveira referiu que não é a central sindical “que tem de interpretar seja o que for”. “Quem tem de se responsabilizar pelo caminho que está a seguir é o Governo”.
“A CGTP, ao contrário daquilo que o Governo tem tentado colocar na opinião pública, está onde tem de estar – de pleno direito – e disse vezes sem conta: Sempre que a CGTP for convidada a participar, convocada para participar em qualquer reunião, irá estar presente nessa reunião. Não abdicamos disso“, salientou.
Para o líder da central sindical, “outra coisa é aquilo que o Governo pretende para o futuro do país e para o futuro do mundo do trabalho – e a CGTP nisso já afirmou que há uma questão que é central em todo este processo: a exigência da retirada do pacote laboral de cima da mesa. Por inteiro, é que não haja dúvidas“.
De recordar que a ministra do Trabalho convocou hoje a UGT para uma reunião na próxima terça-feira, tendo em vista continuar as negociações sobre o anteprojeto do Governo de reforma da legislação laboral, adiantou o ministério à agência Lusa.
“Apesar da realização da greve geral que interrompeu o processo negocial que estava em curso, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social convocou hoje, um dia a seguir à greve geral, a UGT para uma reunião na próxima terça-feira, às 17 horas, para prosseguir as negociações”, revelou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, citada na nota do ministério.
A convocatória surge um dia depois da greve geral convocada pela CGTP e UGT contra as alterações à lei laboral propostas pelo Governo e que estão a ser discutidas em Concertação Social.
