“O chefe de Estado irá receber” durante a manhã os dois partidos que ficaram em primeiro lugar nas últimas eleições legislativas, indicou hoje a presidência em comunicado.
O partido conservador GERB, do antigo Primeiro-Ministro Boïko Borissov, tinha ficado em primeiro lugar nas últimas legislativas, seguido da coligação liberal “Continuamos a Mudança – Bulgária Democrática”.
Segundo a constituição, se nenhum dos principais partidos conseguir formar um novo executivo, deverá ser nomeado um governo interino e serem convocadas novas eleições dentro de dois meses.
O governo da Bulgária, um país membro da União Europeia (UE), demitiu-se na quinta-feira, após uma série de manifestações anticorrupção nas últimas semanas no país.
Este executivo foi formado há menos de um ano por Rossen Jeliazkov, do partido conservador GERB.
A Bulgária conheceu sete eleições antecipadas na sequência das vastas manifestações de 2020 contra o governo liderado pelo partido GERB de Boïko Borissov.
Estas manifestações, que começaram no final de novembro, foram provocadas por um projeto de orçamento para 2026, tentativa, segundo a oposição, de disfarçar uma corrupção endémica.
O governo tinha retirado o texto antes de se demitir, mas a fúria persiste.
Na semana passada, o presidente Rumen Radev mostrou o seu apoio aos manifestantes e tinha exortado o governo a retirar-se, para dar lugar a eleições antecipadas.
A Bulgária é o país mais pobre da União Europeia. Junta-se à zona euro a 1 de janeiro próximo.
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