As buscas pelos três pescadores desaparecidos foram dadas como terminadas este domingo, por volta das 17h30, por mar e pelo ar, sendo que vai ser mantida “alguma vigilância” em terra.
Em declarações aos jornalistas, para fazer um ponto de situação, Fernando Pereira, o Capitão do Porto de Caminha, apontou ainda que as buscas “vão ser retomadas logo que tivermos capacidade de visibilidade para podermos prosseguir”.
“Tudo indica, numa primeira análise, que tenha sido um golpe de mar que virou a embarcação na zona onde estavam a fazer a entrada ou a aproximação”, por volta das “12h20, nas imediações da zona rochosa do Forte da Ínsua”, em Moledo, no concelho de Caminha.
Durante as operações de busca, que decorreram durante toda a tarde, foi possível localizar duas das vítimas (o mestre da embarcação e um pescador de nacionalidade indonésia) tendo sido posteriormente assistidas e transportadas em estado consciente para uma unidade hospitalar pelos elementos dos Bombeiros Voluntários de Caminha.
Os outros três pescadores continuam desaparecidos, mas as autoridades já têm a certeza de que nenhum deles está dentro do barco de pesca onde seguiam.
“No interior da embarcação já não temos nenhum sinal das vitimas que se encontram desaparecidas, por isso, estamos a alargar a nossa área de busca para outras zonas”, continuou Fernando Pereira, acrescentando que vão continuar a procurar mais para Norte e que irão “alargar a área de buscas pelo menos até Viana do Castelo”.
Questionado sobre as condições de segurança do barco naufragado, Fernando Pereira esclareceu que se trata de uma “embarcação de pesca costeira, já com mais de dez metros de comprimento e cabinada, isto é, não é de convés aberto, por isso, é uma embarcação já com alguma robustez”. Aliás, “até era a embarcação de maior dimensão que tínhamos aqui a praticar no porto de Caminha”.
Na altura do naufrágio, a ondulação estava com cerca de três metros com vento fraco: “condições praticáveis”.
Os três pescadores desaparecidos são de nacionalidade indonésia.
