Em julho, Christian Horner deixou de ser o chefe de equipa da Red Bull na Fórmula 1, depois de 20 anos. O ambiente estava longe de ser o ideal, com conflitos internos, e Helmut Marko não tem dúvidas: se o britânico tivesse saído antes, Max Verstappen teria conseguido o título de 2025.
Numa entrevista ao De Limburger citada pelo site Motorsport.com, o austríaco disse que “estavam a ser jogados jogos sujos“, alegando que afirmações falsamente atribuídas a si podem ter vindo da parte de Horner.
Também de saída da Red Bull depois de 20 anos como consultor, Helmut Marko exemplificou com uma alegada afirmação, em 2024, sobre o risco de perder a Ford devido ao programa de motores para 2026 estar atrasado: “Nunca disse isso, mas Horner quis usá-lo para me suspender. Graças ao apoio de Max em Jidá, isso não aconteceu”, recordou.
E salientou: “Cada vez mais frequentemente, fomos capazes de provar que Horner mentia sobre todos os tipos de coisas. Quando Chalerm [Yoovidhya, dono da Red Bull] percebeu isso também, mudou de ideias”.
Desempenho em pista afetado
Quando Christian Horner foi demitido este verão, a sua influência estava a prejudicar os resultados. É o que alegou Helmut Marko: “Tivemos de agir porque o desempenho em pista estava a ficar para trás”.
Max Verstappen acabou o campeonato em segundo lugar a dois pontos do campeão Lando Norris (McLaren). Coincidência ou não, o rendimento e os resultados começaram a melhorar pouco depois da saída de Horner para dar lugar a Laurent Mekies.
No entender do homem que foi consultor da Red Bull desde 2005, se a mudança de chefe de equipa tivesse acontecido mais cedo, o desfecho da época teria sido favorável a Verstappen: “Se o tivéssemos feito mais cedo [demitir Christian Horner], teríamos tido as coisas de volta ao caminho certo mais cedo e o Max Verstappen teria sido campeão do mundo este ano. Estou absolutamente convencido disso”.