Hungria compra 2 mil milhões de gás a empresa dos EUA ao longo de 5 anos

“Nos próximos cinco anos, o sistema energético da Hungria incluirá 2 mil milhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito proveniente dos EUA, algo inédito até então”, destacou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Péter Szijjártó.

 

A Hungria é o país da União Europeia (UE) mais alinhado com Moscovo, importando 85% do seu gás e 65% do seu petróleo da Rússia, e tem um consumo anual de 8,5 mil milhões de metros cúbicos.

O anúncio foi feito após uma reunião em Budapeste com o subsecretário de Energia dos EUA, James Danly, noticiou a agência Efe.

O país da Europa Central está interessado em diversificar as suas fontes de energia e as rotas de aquisição, referiu Szijjártó, citado num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que não especificou detalhes sobre o preço da compra.

A Hungria, liderada pelo ultranacionalista Viktor Orbán, juntamente com a Eslováquia, é um dos membros da União Europeia (UE) que se opõe às sanções energéticas da Comissão Europeia contra a Rússia pela invasão da Ucrânia, bem como à proibição das importações de gás e petróleo bruto russos a partir de 2027.

O ministro voltou a criticar estas medidas, afirmando que “Bruxelas quer cortar certas fontes de energia e rotas de transporte”, referindo-se aos gasodutos e oleodutos que ligam a Rússia à Europa.

Em setembro, o próprio Szijjártó anunciou um contrato para a compra de um total de 2 mil milhões de metros cúbicos de petróleo à petrolífera britânica Shell entre 2026 e 2036, no âmbito da estratégia para reduzir a dependência energética da Rússia.

O ministro agradeceu hoje ao Presidente norte-americano, Donald Trump, também aliado de Orbán, por ter concedido à Hungria uma isenção das sanções de Washington contra as petrolíferas russas Rosneft e Lukoil.

“Estamos agora numa situação em que Washington está a contribuir para a segurança energética da Hungria, enquanto Bruxelas a mina constantemente”, acrescentou.

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