Subsídio de Natal é “determinante” para as prendas. Quanto se gasta?

O subsídio de Natal é um “elemento determinante” no comportamento de compra dos portugueses, revela a 17.ª edição do estudo ‘Compras de Natal’, realizado pelo IPAM e divulgado esta quarta-feira. 

 

Segundo um comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, “85% dos inquiridos recebe este rendimento adicional, percentagem praticamente estável desde 2020”.

“A maioria utiliza uma parte significativa do montante nas compras da época, enquanto apenas 1% não tenciona aplicá-lo no consumo natalício e 3% prevê gastar o subsídio na totalidade”, pode ler-se na nota divulgada. 

Quanto se gasta?

Ora, em relação ao “valor médio esperado para as compras de Natal situa-se nos 398 euros, um crescimento de 1,55% face a 2024“.

“Esta evolução prolonga a inversão de tendência registada no ano passado, quando o gasto médio aumentou 10% após dois anos de descida. Contudo, tal como já tinha sido observado em 2024, a maior parte dos consumidores identifica o aumento dos preços como o principal motivo para esta subida, e não uma maior disponibilidade financeira”, pode ler-se na nota divulgada. 

Dos inquiridos que referem que vão gastar um valor inferior em 2025, destacam-se reduções nos presentes para adultos (75%), bem como nas ornamentações de Natal (82%).

Consumidores redefinem prioridades e mantêm foco nas crianças

O estudo confirma ainda que “os portugueses continuam a ajustar comportamentos para controlar despesas”, já que “quase metade dos inquiridos (49%) alterou hábitos devido à conjuntura económica, sobretudo reduzindo custos, diminuindo o número de pessoas a quem oferecem presentes e antecipando compras para aproveitar melhores preços”.

“Apesar disso, as crianças mantêm prioridade absoluta nas compras de presentes, tal como verificado no ano passado. Entre as famílias com filhos, 100% afirma comprar prendas para crianças e 78% para o marido e/ou mulher, e apenas 12% da amostra total declara que não oferecerá presentes, um valor bastante inferior aos 21% registados em 2024″, pode ainda ler-se na nota divulgada.

Mais: “Nos produtos para crianças até 12 anos, brinquedos lideram com 36,2%, seguindo-se roupa e calçado (20,2%) e livros (17%). Para adolescentes, a preferência recai novamente sobre roupa/sapatos (37%) e jogos eletrónicos (19%). Nos adultos, destacam-se roupa/sapatos (23%), acessórios (20%) e livros (18%)”.

Compras online crescem, mas centros comerciais continuam relevantes

O estudo “identifica uma consolidação clara das compras digitais: 34% dos portugueses pretende comprar exclusivamente online (face aos 27% registados em 2024), um valor que reforça a mudança iniciada nos anos pós-pandemia”.

“Ainda assim, os centros comerciais continuam a ocupar um papel relevante, sendo a principal escolha de 18% dos inquiridos, acima dos que combinam este tipo de espaço com comércio de rua. Este valor traduz uma descida face a 2024, quando os centros comerciais eram a escolha de 21% dos consumidores. O comércio de rua é opção para apenas 9% dos inquiridos”, pode ler-se no comunicado.

Relativamente ao momento de compra, “57% realiza as compras em dezembro, enquanto 39% opta por antecipá-las”.

“As principais razões relacionam-se com a procura de preços mais baixos, aproveitando promoções como a Black Friday, menor concentração de pessoas e garantia de entregas dentro dos prazos no caso das compras online. O período de saldos após o Natal é referido como opção por 4% dos inquiridos”, é referido.

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