“Era só o que faltava dizer que a mudança de governador pode levar a mudança de práticas nas previsões”, disse Álvaro Santos Pereira, após uma questão sobre a diferença nas projeções inscritas no boletim económico de dezembro, face àquelas de junho, ainda sob a liderança de Mário Centeno.
No boletim divulgado hoje, o BdP melhorou as estimativas para as contas públicas, prevendo agora um saldo nulo este ano e um défice orçamental de 0,4% em 2026.
Estes números comparam com as últimas previsões orçamentais, divulgadas em junho, quando o banco central projetava um défice de 0,1% este ano e de 1,3% em 2026.
As previsões para o crescimento da economia também foram revistas em alta, para 2% este ano e 2,3% no próximo.
Confrontado com as previsões mais otimistas do que no período do anterior governador, Santos Pereira respondeu que tal se devia a um consumo mais elevado do que o esperado, bem como, a nível orçamental, “maior receita do que o estimado”.
“Não tenho o condão de afetar o consumo dos portugueses, não tenho o condão de afetar a receita fiscal dos portugueses, nunca interferirei nas previsões técnicas do BdP”, reiterou.
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