A foca que era avistada há cerca de duas semanas na Marina de Cascais acabou por morrer, revelou o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM), na sua página de Instagram, na quinta-feira, 18 de dezembro.
A notícia foi dada pelo centro através de um story.
“Perante a deterioração do estado de saúde da foca que se encontrava na Marina de Cascais, a nossa equipa foi acionada para o seu resgate”, começam por dizer, acrescentando que, “na primeira avaliação foi possível perceber que existiam vários ferimentos e o prognóstico era muito reservado”.
“Tendo-se procedido ao transporte imediato, infelizmente, a foca não resistiu”, acabaram por revelar.
Será agora efetuada uma análise post mortem para tentar determinar as possíveis causas que afetaram a saúde do animal.
Polémica entre ativistas e autoridades ambientais
A presença da foca na Marina de Cascais tinha gerado alguma celeuma, com uma clara divisão entre a opinião de ativistas e as autoridades ambientais.
Num comunicado partilhado na sua página de Instagram, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) chegou a dizer que o animal “aparenta ser jovem, saudável e sem ferimentos visíveis”, revelando que ele estava a alimentar-se “regularmente” de peixes e polvos e a utilizar as rochas da marina como local de descanso.
Na mesma nota, a entidade sublinhou que este tipo de situações nem sempre exigem intervenção, devendo a foca ser deixada em tranquilidade, desde que não apresentasse sinais evidentes de debilidade.
O que Miguel Lacerda, da associação ambiental Cascaisea, nunca concordou.
Nas redes sociais, o ativista revelou que foi alertado por um pescador que se encontrava na marina e que descreveu a situação como crítica.
Nas publicações, Miguel Lacerda afirmou que não existia qualquer monitorização no local nem equipas preparadas para intervir, assegurando ter acompanhado a foca durante cerca de sete horas, após esta alegadamente ter caído das rochas.
Num dos vídeos que partilhou sobre a situação, o responsável pela associação ambiental mostra a foca imóvel na água, rodeada de lixo. Em determinado momento, tenta tocar no animal, mas este não reage.
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