Polémica sem fim. O Sporting confirmou o apuramento para os ‘quartos’ da Taça de Portugal, na passada quinta-feira, ao eliminar o Santa Clara (2-3 após prolongamento), numa partida que contou com uma polémica grande penalidade em tempo de descontos, crucial para que os leões empurrassem as decisões para mais 30 minutos de jogo nos Açores. Tal momento levou Duarte Gomes, diretor técnico nacional da arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), esta sexta-feira, a apontar o que de bom e de mau teve a (demorada) decisão do árbitro João Pinheiro.
“Todo o processo demorou um tempo excessivo e há etapas que devem ser analisadas. Para nós, o árbitro João Pinheiro tomou a decisão correta em campo, ao não assinalar penálti. Não houve motivo para marcar grande penalidade. Houve, de facto, um contacto ligeiro com os dedos, num movimento de rotação normal”, começou por considerar o antigo árbitro no programa “Livre Arbítrio”, do Canal 11.
“A videoarbitragem teve um entendimento diferente e, quando está a analisar o lance, vai averiguar se [Morten] Hjulmand estaria em fora de jogo. Confirmou-se que não havia fora de jogo, o árbitro foi ver as imagens e acaba por tomar, na nossa opinião, a decisão errada. Foi demasiado tempo de análise no VAR. É um exemplo que não queremos ver repetido, até porque contraria todas as recomendações neste tipo de lances”, vincou de seguida Duarte Gomes, em análise ao momento em que o capitão da equipa de Rui Borges ficou a apresentar queixas na cara, na grande área açoriana.
De referir que, esta sexta-feira, Rui Silva e Tiago Leandro (VAR e AVAR, respetivamente, do jogo dos ‘oitavos’ da Taça de Portugal) pediram dispensa dos jogos para os quais tinham sido nomeados este fim de semana, referentes à 15.ª jornada da I Liga, face a toda a polémica gerada nos Açores.
E ainda o Farense-Benfica…
No mesmo programa, Duarte Gomes foi ainda desafiado a comentar o lance de pontapé livre que possibilitou o primeiro golo do Benfica no Algarve, diante do Farense (0-2), proveniente de uma falta assinalada sobre Gianluca Prestianni à direita do ataque encarnado.
“É uma decisão incorreta. Há um toque muito ligeiro e um potenciar, diria, de uma simulação. O jogagor quando sente o toque, agarra-se à cara e engana o árbitro. O golo é legal, mas na base teve essa situação. Um contacto no braço não projeta dor na cara”, considerou o antigo juiz.
