Vinha para ser titular e Coentrão ‘engoliu-o’. O que é feito de Shaffer?

José Alberto Shaffer é um nome que diz muito aos adeptos do Benfica. Apontado como uma das grandes promessas do futebol argentino no início do século XXI, o esquerdino fez grande parte da carreira no país-natal, contando com apenas três experiências no futebol europeu… e todas elas sem a relevância que o agora antigo jogador certamente esperava.

 

Nascido na cidade de Córdoba, a carreira de Shaffer no futebol começou ainda muito jovem. Com um pai que estava ligado ao desporto-rei, o então jovem foi rápido a entrar no futebol. José Shaffer deu os seus primeiros passos na Escuela Presidente Roca, antes de, com 13 anos de idade, se juntar aos escalões de formação do Racing Club.

Depois de se destacar nas camadas jovens do clube de Avellaneda, Shaffer, então com 19 anos de idade, estreou-se na equipa principal a 25 de fevereiro de 2006, pela mão de Diego Simeone, no clássico contra o Independiente durante o Torneio Clausura de 2006.

Shaffer fez 41 jogos com a camisola da equipa principal do Racing Club© Getty Images  

Sem espaço no plantel do Racing, o esquerdino foi emprestado ao IFK Gotemburgo, da primeira divisão da Suécia, no final da temporada de 2007. Mas a primeira experiência na Europa não correu da melhor maneira. Shaffer fez apenas três jogos e voltou à Argentina no verão desse mesmo ano, ainda que com o título de campeão sueco no bolso. Afirmou-se como titular no emblema sul-americano e rumou ao Benfica em junho de 2009 a troco de 1,9 milhões de euros.

Shaffer chegou à Luz com o rótulo de promessa e era apontado como o titular de caras no lado esquerdo da defesa. Na pré-temporada, havia sido titular em várias partidas, diante de Olhanense, Sunderland e Ajax, e suplente utilizado frente a Atlético de Madrid e AC Milan. Acabou por ser titular em vários jogos oficiais no início da época, antes da sua situação mudar.

Jorge Jesus, então treinador do Benfica, começou a apostar com maior recorrência em César Peixoto e posteriormente em Fábio Coentrão – este último uma adaptação ganha e que haveria de render milhões de euros com a ida para o Real Madrid -, o que fez com que o lateral esquerdo argentino começasse a desaparecer das fichas de jogo. Shaffer fez seis jogos pelas águias – foi campeão nacional em 2009 -, voltando à Argentina no início de 2010, tendo sido cedido ao Banfield, onde somou oito jogos e foi campeão argentino.

Shaffer esteve ligado ao Benfica entre 2009 e 2012© Getty Images  

Seguiu-se novo empréstimo para a Argentina em 2011 e para o Rosario Central, onde foi utilizado em 10 ocasiões. Ainda integrou os trabalhos de pré-época para a época de 2011/12, mas não voltou a jogar oficialmente pelo emblema da Luz. Foi cedido ao União de Leiria, tendo feito parte do célebre jogo em que os leirienses apresentaram apenas oito jogadores diante do Feirense, em abril de 2012.

A boa época feita no emblema do Liz – 16 jogos e dois golos – trouxe-o de volta ao Benfica. Mas uma grave lesão obrigou Shaffer a ficar afastado dos relvados cerca de um ano. Em 2013 voltou à Argentina pela porta do Talleres, clube ao serviço do qual realizou 16 jogos. Os chilenos do Unión La Calera contrataram-no em 2015 e fez 16 jogos no Chile.

Já em idade avançada, Shaffer foi jogando nos escalões amadores e terminou a carreira em 2019, após um ano ao serviço do Victoriano Arenas – antes tinha passado pelo El Porvenir e pelo Gimnasia Mendoza. Mas a ligação ao desporto-rei continuou depois de pendurar as chuteiras.

Com 34 anos, Shaffer pendurou as chuteiras e decidiu criar um clube no seu país natal, o La Academia FC, ajudando a retirar vários jovens da rua. Atualmente é treinador nas camadas jovens do Racing Club, clube onde se tinha estreado no futebol profissional.

Todas as semanas o Desporto ao Minuto apresenta-lhe uma nova edição da rubrica ‘O que é feito de…?’, que pretende recordar o percurso de algumas personalidades do mundo futebolístico que acabaram por cair no esquecimento.

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