Em outubro de 2025, o endividamento do setor não financeiro (administrações públicas, empresas e particulares) diminuiu 8,7 mil milhões de euros, para 857,7 mil milhões de euros, divulgou o Banco de Portugal (BdP), esta segunda-feira.
“Deste total, 479,4 mil milhões de euros respeitavam ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 378,3 mil milhões de euros ao setor público (administrações públicas e empresas públicas)”, pode ler-se no comunicado divulgado pelo BdP.
Ora, o endividamento do setor público diminuiu 10,1 mil milhões de euros.
“Este decréscimo decorreu, sobretudo, do vencimento de uma obrigação do Tesouro, que se refletiu em reduções do endividamento tanto perante o setor financeiro (-7,6 mil milhões de euros) como perante não residentes (-3,7 mil milhões de euros). Pelo contrário, o endividamento do setor público perante as administrações públicas aumentou 1,3 mil milhões de euros, essencialmente por via do acréscimo das responsabilidades em depósitos (+0,5 mil milhões de euros) e em empréstimos (+0,5 mil milhões de euros). Ainda assim, quando comparado com outubro de 2024, o endividamento do setor público cresceu 21,5 mil milhões de euros, principalmente devido à emissão líquida de títulos de dívida (+12,3 mil milhões de euros) e ao incremento das responsabilidades do Tesouro (+6,6 mil milhões de euros)”, explica o supervisor da banca.
Já o endividamento do setor privado aumentou 1,4 mil milhões de euros.
“O endividamento dos particulares subiu 1,2 mil milhões de euros, essencialmente perante os bancos, por via do crédito à habitação (+1,0 mil milhões de euros). Por sua vez, o endividamento das empresas privadas cresceu 0,2 mil milhões de euros, resultando, no entanto, de movimentos contrários. O endividamento destas empresas aumentou junto dos não residentes (+0,7 mil milhões de euros), mas diminuiu perante o setor financeiro (-0,5 mil milhões de euros)”, pode ler-se no comunicado do BdP.
O endividamento das empresas privadas cresceu 2,5% relativamente a outubro de 2024. Em setembro, tinha registado um crescimento idêntico.
O endividamento dos particulares subiu 8,1% em relação ao período homólogo, o que constitui um novo máximo desde o início da série (dezembro de 2008).
[Notícia em atualização]
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