Vítor Almeida explica porque deixou presidência do INEM e faz desmentido

O presidente INEM escolhido pelo Governo, que esteve no cargo apenas uma semana, desmentiu o comunicado do Ministério da Saúde, no qual é alegado que Vítor Almeida saiu “por razões profissionais”, frisando que “não corresponde à verdade”.

 

“Dizer que foi por motivos profissionais ou pessoais, seja o que for, o motivo de afinal não aceitar não corresponde à verdade. Devo dizer, no entanto, que tive sempre um contacto muito cordial, muito transparente e honesto com a ministra”, referiu Vítor Almeida, em declarações na TSF.

Segundo o médico “a ministra tem provas documentais” em que são explanadas “as condições” que precisava ou que o país precisava “para ter garantias de que o dispositivo, sobretudo em termos de helicópteros e emergência médica, continua a funcionar com as capacidades que tem hoje e, evidentemente, um reforço do ponto de vista financeiro”. “Essas condições estão devidamente escritas, estão no ministério, responderei em sede pública”, acrescentou

“Estranho profundamente este comunicado porque a ministra sabe muito bem quais são as razões: A defesa dos doentes e o interesse dos portugueses acima de tudo. Tudo o resto é secundário nesta história, que isto fique muito bem claro”, frisou ainda.

Vítor Almeida esclareceu ainda que “Luís Meira, ainda em funções de presidente do INEM, pediu às respetivas tutelas em sucessivos anos reforços de capacidade para poder fazer face às necessidades que o instituto tem”. “Não vale a pena partir do mesmo princípio sem ter garantias para poder dar o melhor, sobretudo segurança aos nossos doentes”, frisou ainda.

Recorde-se que, em comunicado, o Ministério da Saúde explicou, na sexta-feira, que “nos contactos com a tutela durante a última semana”, o médico anestesista Vítor Almeida, que tinha sido nomeado a 4 de julho para a presidência do INEM, “concluiu que não estavam reunidas as condições para assumir a presidência do INEM, por razões profissionais e face ao contexto atual do instituto”.

O ministério referiu que, perante o recuo de Vitor Almeida, decidiu nomear o médico Sérgio Agostinho Dias Janeiro, em regime de substituição por 60 dias, por vacatura do cargo.

Será agora aberto um concurso junto da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP).

Vítor Almeida tinha sido nomeado depois de Luís Meira se ter demitido do cargo na sequência da polémica com o concurso dos helicópteros de emergência médica.

“Incompetência” e “trapalhada”. A novela sobre troca de cadeiras no INEM

Apenas uma semana depois de ter sido nomeado pelo Governo para presidente do INEM, Vítor Almeida demitiu-se. É a segunda demissão no INEM em pouco mais de uma semana. Novo presidente já está escolhido.

Notícias ao Minuto | 17:42 – 12/07/2024

Luís Meira demitiu-se no dia 1 de julho na sequência de uma troca de acusações sobre o concurso para o serviço de transporte aéreo de doentes.

Na véspera, o Ministério da Saúde tinha criticado o INEM por ter deixado terminar o prazo para o lançamento do concurso público internacional para aquisição de helicópteros, obrigando a novo ajuste direto.

Em resposta, o INEM garantiu que iria “assegurar a continuidade do serviço de helicópteros de emergência médica através de um novo contrato estabelecido com o atual operador, dentro do valor autorizado pelo anterior Governo em outubro de 2023”.

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