A passagem da depressão Bram trouxe chuva e vento a Lisboa, onde, entre as 9h00 e as 17h00 desta terça-feira, registaram-se 150 ocorrências.
De acordo com o Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, 42 destas ocorrências tinham tipologias relacionadas com o evento atmosférico e duas ainda estavam ativas às 17h00 desta terça-feira.
A maior parte destas situações foram inundações e quedas de árvores.
Dos números de ocorrências registados pelo Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa e Polícia Municipal de Lisboa, destacam um total de sete acidentes rodoviários, dez inundações, nove inundações em espaço público, dez quedas de árvores, três inundações em espaço privado, duas quedas de estruturas e uma queda de revestimento.
As freguesias mais afetadas pelos efeitos da tempestade, por número de ocorrências registadas, foram: Arroios, Benfica, Lumiar, Olivais, Santa Maria Maior, Areeiro, Campo de Ourique, Marvila, Santa Clara, Alvalade, Belém, Campolide e São Domingos de Benfica.
Ainda de acordo com o serviço municipal de Proteção Civil, os valores máximos de precipitação e vento medidos nas estações de Lisboa foram: 9.6 mm/h na Tapada da Ajuda às 14h00 e 30.2 km/h em Lisboa Geofísico às 13h00.
Recorde-se que Lisboa permanece sob aviso amarelo devido à agitação marítima até às 06h00 de quarta-feira.
Portugal continental e o arquipélago da Madeira estão a ser afetados por chuva, vento e agitação marítima devido aos efeitos da depressão Bram, tendo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitido já avisos.
Em comunicado, o IPMA adianta que a depressão Bram (nome atribuído pelo Serviço Meteorológico da Irlanda) formou-se no Atlântico ocidental e avança para leste em direção ao arquipélago dos Açores para depois seguir em direção à Irlanda.
Segundo o IPMA, “esta depressão tem associada uma superfície frontal fria de atividade moderada a forte, que irá atravessar o território do continente gradualmente partir da tarde de dia 9 [hoje], de noroeste para sueste, passando na região sul apenas durante a madrugada/manhã de dia 10 [quarta-feira]”.
Por causa desta situação, na generalidade do território do continente ocorrerá chuva persistente, e por vezes forte, a partir do início da manhã de hoje no Minho e Douro Litoral, estendendo-se gradualmente às restantes regiões.
Adicionalmente, este episódio virá acompanhado de vento forte do quadrante sul no litoral oeste e nas terras altas até meio da tarde de hoje, com rajadas entre 70 e 90 quilómetros por hora (km/h), em especial nas regiões Norte e Centro.
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