O deputado brasileiro Glauber Braga foi retirado à força da mesa da presidência da Câmara dos Deputados pelas autoridades, depois de se ter sentado na mesa do presidente da Câmara, Hugo Motta, e se ter recusado a sair.
Glauber Braga decidiu sentar-se na mesa do presidente da Câmara, Hugo Motta, como forma de protesto. O deputado federal esteve sentado na cadeira durante duas horas.
De acordo com o site brasileiro g1, o motivo do protesto terá sido a possível votação para perda do mandato de Braga, que é acusado de agredir membros do Movimento Brasil Livre dentro da Câmara dos Deputados, em abril de 2024.
As imagens da confusão foram gravadas por vários parlamentares e divulgadas nas redes sociais. – veja o vídeo acima.
Mas, o que aconteceu?
Glauber Braga sentou-se na cadeira de Hugo Motta por volta das 15h30 locais. Conduziu a sessão normalmente, tendo até chamado vários deputados para discursar. Levantou-se e, pouco depois das 16h00, voltou a ocupar aquele lugar, anunciando que não sairia mais dali. Ao dizer isto, o deputado desrespeitou o regime interno da Câmara, tendo então começado a confusão.
A deputada Célia Xakriabá chegou, inclusive, a cair no meio de toda aquela confusão. Já deputada Sâmia Bomfim, mulher de Braga, tentou impedir que o homem fosse retirado daquele lugar. Parte do fato de deputado ficou até rasgado.
Depois de ter sido retirado do local, Hugo Motta afirmou que Braga tinha desrespeitado a Câmara e pediu para que se apurasse “possíveis excessos” da segurança contra a imprensa.
“A cadeira não pertence a mim. Ela pertence à República, pertence à democracia, pertence ao povo brasileiro. E nenhum parlamentar está autorizado a transformar em instrumento de intimidação ou desordem. Deputado pode muito, mas não pode tudo”, disse.
Presidente da Câmara anuncia possível votação para perda do mandato de Braga
Horas antes de toda a confusão, o presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou que iria colocar em votação uma possível perda do mandato de Glauber Braga, na sequência de agressões a membros do Movimento Brasil Livre, em abril do ano passado.
Esta perda de mandato foi aprovada pelo Conselho de Ética da Câmara em abril de 2025 e, desde então, o processo estava parado à espera de votação no plenário.
Note-se que, naquela altura, Glauber Braga fez greve de fome durante mais de uma semana, que terminou depois de um acordo com Hugo Motta.
Transmissão ao vivo foi cortada
Depois de Glauber Braga ter dito que não sairia da cadeira do presidente da Câmara dos Deputados, agentes da polícia começaram a esvaziar o plenário, incluindo os jornalistas que estavam no local.
Aliás, a TV Câmara (semelhante à ARTV, em Portugal) cortou a emissão em direto pelas 17h34.
Inicialmente, foi dito que a ordem para terminar a transmissão havia partido de Hugo Motta. No entanto, mais tarde a assessora do presidente veio dizer que não tinha havido uma ordem e que as medidas faziam parte do protocolo, não adiantando mais detalhes.
Numa nota, a Federação Nacional dos Jornalistas disse repudiar a “grave censura à imprensa” e as agressões aos jornalistas.
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