“Único caminho que o Governo tinha a seguir era retirar esta proposta”

António Filipe marca presença na manifestação desta tarde, em Lisboa, e, em declarações à SIC Notícias, considerou que “há uma imensa adesão dos trabalhadores a esta greve geral” e que “esta manifestação é um sinal esmagador do repúdio ao pacote laboral – e do apoio dos trabalhadores a esta forma de luta”. “Creio que o Governo o único caminho que tinha a seguir era retirar esta proposta e deixar os trabalhadores em paz”, vincou o candidato a Belém.

 

António Filipe frisou ainda que “a nossa legislação laboral precisava era de ser melhorada”, uma vez que “não podemos continuar a ter uma economia assente em baixos salários e na precariedade laboral e na desregulação dos horários”. “Os trabalhadores têm de ser respeitados. Esta greve geral é uma enorme demonstração de força por parte dos trabalhadores a que o Governo devia estar muito atento“, acrescentou.

António Filipe afirmou também, na mesma ocasião, que o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, “está em estado de negação”, após ter considerado que a adesão à greve geral de hoje é “inexpressiva”.

“Não tem noção nenhuma do país em que está, e não tem a noção – ou se tem não a quer assumir -, do enorme repúdio que esta proposta de pacote laboral está a suscitar junto dos trabalhadores“, salientou.

Governo desvaloriza greve: “Esmagadora maioria do país está a trabalhar”

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse esta quinta-feira que a “esmagadora maioria do país está a trabalhar” em dia de greve geral, sublinhando que o Governo mantém “a abertura para o diálogo”.

Beatriz Vasconcelos | 12:56 – 11/12/2025

“Faço muita questão de ser visto como o candidato dos trabalhadores”

Questionado sobre a razão pela qual participa na manifestação, sendo candidato a Belém, António Filipe foi taxativo: “O Presidente da República deve estar com as pessoas que trabalham e que criam riqueza neste país, que são os trabalhadores. Faço muita questão de ser visto como o candidato dos trabalhadores. Não sou neutro: estou claramente do lado dos trabalhadores“.

Já sobre se o cargo ao qual se candidata não impõe um dever de imparcialidade, o candidato apoiado pelo PCP salientou que “impõe um dever de imparcialidade que é cumprir e fazer cumprir a Constituição”. “E cumprir a Constituição é respeitar os direitos dos trabalhadores”.

“Não é possível cumprir a Constituição e atacar os direitos dos trabalhadores”, concluiu.

Além de António Filipe, recorde-se que anunciaram candidaturas às eleições presidenciais Luís Marques Mendes (com o apoio do PSD), António José Seguro (apoiado pelo PS), André Ventura (apoiado pelo Chega), Catarina Martins (apoiada pelo BE), Henrique Gouveia e Melo, João Cotrim Figueiredo (apoiado pela Iniciativa Liberal) e Jorge Pinto (apoiado pelo Livre), entre outros.

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