O candidato presidencial Luís Marques Mendes respondeu, esta quarta-feira, a João Cotrim Figueiredo, que apontou paralelismos entre a recusa de Marques Mendes explicar “709 mil euros” ganhos na Abreu Advogados e o caso Spinumviva que envolve o primeiro-ministro, defendendo que os candidatos têm obrigação de transparência.
“Não tem nem pés nem sentido. É baixa política. Tive uma sociedade particular, familiar e já a dissolvi. E ainda não estou eleito Presidente da República. Liquidei completamente. E a partir do momento em que sou candidato, cessou a atividade”, referiu, em declarações aos jornalistas em Lisboa.
“Já disse e repito: pedi autorização aos clientes dessa sociedade – a maior parte dos quais a quem prestei assessoria e fiz conferencias – para poder divulgar os nomes dos clientes”, adiantou, notando que “maior transparência não pode existir”.
“Não posso divulgar sem autorização porque há Lei Geral de Proteção de Dados que assim obrigam”, afirmou.
E Luís Marques Mendes reforçou: “Há pessoas como Cotrim Figueiredo que pregam uma política com nível, mas depois praticam uma baixa política Tem a ver com estar a subir nas sondagens, mas isto é inqualificável”.
Questionado sobre se estas declarações deixadas pelo adversário na corrida a Belém não o faziam recear um impacto nas sondagens ou resultados, Marques Mendes disse que não tinha medo de que isso acontecesse, falando novamente na importância de existir transparência.
Note-se que depois desta acusação, já durante a tarde, foi anunciado o arquivamento da averiguação preventiva à Spinumviva, a empresa da família do primeiro-ministro, Luís Montenegro. Tinha sido aberta a 12 de março de 2025.
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