Em comunicado, a autarquia refere que solicitou a reunião com caráter de urgência, exigindo a adoção de medidas que garantam a segurança rodoviária na EN378, via que classifica como “essencial à mobilidade entre os concelhos do Seixal e de Sesimbra”, no distrito de Setúbal.
“A autarquia exige soluções imediatas para um problema estrutural de mobilidade que afeta diariamente centenas de munícipes, que se deparam com constrangimentos graves à circulação”, refere o município.
A Infraestruturas de Portugal (IP) é responsável pela gestão, manutenção e requalificação da EN378 e, em 09 de dezembro, revelou que as obras para uma intervenção estrutural devem arrancar no final do primeiro semestre de 2026, num investimento estimado de 20 milhões de euros.
As fortes chuvas registadas em 13 de novembro inundaram a EN378, afetando vários veículos.
Em 09 de dezembro, a IP indicou estar a “ultimar os procedimentos necessários para o lançamento da intervenção estrutural na EN378, já em preparação há algum tempo, contemplando a reformulação integral do sistema de drenagem e a beneficiação do pavimento”.
A IP garantiu ainda estar a acompanhar “de forma permanente” a situação na EN378, sublinhando que equipas técnicas estavam no terreno “a monitorizar o estado da via e a implementar ações imediatas que visam garantir a segurança da circulação”.
Citado na nota da autarquia, o presidente da Câmara do Seixal, Paulo Silva, refere que “esta é uma estrada com elevado volume de tráfego e o principal acesso à freguesia de Fernão Ferro, que conta atualmente com cerca de 28 mil habitantes”.
“Sempre que se registam períodos de chuva intensa, a via inunda, provocando danos significativos e, em alguns casos, obrigando ao corte da estrada, com impactos muito negativos na vida de centenas de automobilistas”, salienta o autarca.
Paulo Silva refere ainda esperar que a reunião com a IP na segunda-feira “marque um ponto de viragem neste processo, permitindo passar dos sucessivos diagnósticos à implementação efetiva de soluções, compatíveis com a realidade do território e com as legítimas expectativas da população”.
Na nota é recordado que a Câmara Municipal reivindica a requalificação da EN378 desde 2000 e que, em 2004, a então Estradas de Portugal (EP) desenvolveu um estudo rodoviário para a beneficiação da via, no qual foram integradas as sugestões apresentadas pela autarquia.
Contudo, em 2010 o estudo foi considerado desatualizado e inadequado, sem que tivesse sido elaborado um novo enquadramento global, passando os problemas a ser tratados de forma pontual, acrescenta a autarquia.
Sete anos depois, o Plano de Proximidade 2015-2019 previa a reabilitação do troço da EN378 entre o quilómetro 3,950 (Seixal) e o quilómetro 10,830 (Fernão Ferro), mas a intervenção não chegou a concretizar-se.
Já em 2024, a Câmara do Seixal foi auscultada pela IP sobre o Projeto de Execução de Requalificação da EN378, tendo emitido parecer em julho, alertando que muitas das preocupações manifestadas não foram tidas em conta.
Leia Também: ANSR identificou 40 pontos negros nas estradas portuguesas
