O mercado de transferências de inverno aproxima-se a passos largos e o Benfica vai, com certeza, apontar à contratação de um par de jogadores. O treinador José Mourinho já apontou para a necessidade de ajustar uma ou outra posição, especialmente no ataque, mas também na defesa podem chegar novos jogadores a pensar… na saída de Nicolás Otamendi.
O defesa argentino está em final de contrato e a partir de janeiro pode começar a negociar livremente com qualquer outro clube, sendo já conhecido o seu desejo em terminar a carreira ao serviço do River Plate.
Até lá, claro está, Otamendi continuará de pedra e cal no onze das águias, mas a direção liderada por Rui Costa vai estar atenta a uma boa oportunidade de negócio.
É aqui que o nome de Stefan de Vrij entra na equação. Na última semana, a imprensa italiana apontou o nome do experiente defesa de 33 anos aos encarnados, garantindo que o Benfica é um dos quatro clubes que já contactou o Inter no sentido de perceber quais as condições para uma eventual negociação.
Será que o Benfica irá aproveitar o mês de janeiro para começar a tratar da questão em torno da sucessão de Otamendi? Ou preferirá o clube da Luz aguardar pelo verão para encontrar um novo patrão para a defesa? O Desporto ao Minuto analisa os prós e contras deste rumor.
Por que pode acontecer?
Ponto prévio: a saída de Nicolás Otamendi no final da temporada parece inevitável. O jogador argentino cumpre 38 anos de idade no próximo mês de fevereiro e dificilmente ficará mais tempo em Portugal uma vez que quer concretizar um sonho antigo na Argentina.
Perante este cenário, existirá uma necessidade real no plantel do Benfica. António Silva e Tomás Araújo, ambos produtos da formação do Seixal, dão total garantias, mas o plantel do Benfica irá sempre precisar de um defesa central mais experiente, capaz de comandar as tropas e que contribua, de forma positiva, para o crescimento dos dois jovens portugueses.
Nesse sentido, o perfil de Stefan de Vrij parece encaixar naquilo que é desejado por Mourinho e companhia: experiente, possante e ainda numa idade capaz de aguentar um par de épocas a um nível de excelência.
Para além disso, o central neerlandês também pode olhar para o Benfica como uma boa montra, ao mesmo tempo que sabe que estará sempre perto de conquistar títulos e de marcar presença nas competições europeias.
A concorrência, para já, é alguma, mas está longe de ser assustadora. Al Ittihad (Arábia Saudita), Nottingham Forest (Inglaterra) e Bologna (Itália) serão os outros interessados. A nível financeiro, os primeiros dois até podem ter mais argumentos, mas a nível competitivo ficam atrás dos encarnados.
Por que não pode acontecer?
Do outro lado da moeda há dados que não podem ser ignorados. O timing da contratação pode não ir ao encontro das partes. O Benfica poderá querer esperar pelo verão para resolver a questão da sucessão de Otamendi, até porque o ordenado do defesa argentino será um dos mais altos do plantel.
A eventual contratação de Stefan de Vrij será tudo menos financeiramente insignificante. É certo que o jogador está em final de contrato com o Inter, mas o ordenado auferido deverá sempre ficar no patamar mais alto do teto salarial do Benfica.
Estará aqui o principal travão à concretização do negócio em janeiro, ao mesmo tempo que a vontade de De Vrij em sair de forma imediata – e não aguardar pelo verão – parece evidente pelo facto de querer marcar presença no Mundial2026 ao serviço da seleção dos Países Baixos.
O selecionador Ronald Koeman já avisou que vai dar prioridade aos jogadores que tiverem mais ritmo de jogo e os números do jogador do Inter estão longe de ser os melhores: 496 minutos distribuídos por sete jogos em 22 possíveis.
Resta, por isso, aguardar pela decisão de Rui Costa, que irá pesar todos os prós e contras, bem como estabelecer prioridades concretas na hora de reforçar o plantel do Benfica em janeiro.
Todas as semanas, o Desporto ao Minuto apresenta-lhe uma nova edição da rubrica ‘O rumor da semana’, que pretende analisar, ao detalhe, as circunstâncias em torno dos mais badalados negócios do mercado de transferências.
