O secretário-geral do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, considerou ser “muito importante saber que o Presidente da República elogia o comportamento de oposição responsável, construtiva, do Partido Socialista (PS)”, a propósito da promulgação do Orçamento do Estado para 2026, esta segunda-feira, por Marcelo Rebelo de Sousa.
“É muito importante saber que o senhor Presidente da República elogia o comportamento de oposição responsável, construtiva, do PS. Vindo de um social-democrata, isto mostra mesmo como nós estamos em sintonia com os valores do socialismo democrático, da social-democracia, da democracia cristã”, começou por dizer, em declarações aos jornalistas, numa visita ao Centro Social de Grijó, em Vila Nova de Gaia.
José Luís Carneiro ressalvou a importância de Marcelo Rebelo de Sousa “reconhecer esse esforço, o esforço para que o país possa viver em estabilidade num ano em que é decisivo”.
Na ótica do líder socialista, o ano que se avizinha será “um ano em que se vai discutir o futuro da paz e segurança na Europa”. “É um ano em que se vai discutir a paz e a segurança no Médio Oriente e é um ano em que se vai discutir também a execução plena do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, apontou.
“Este não é o nosso orçamento, nós dissemo-lo muito claramente. Este é um orçamento que tem muitas fragilidades, nomeadamente das próprias condutas públicas, mas entendemos apresentar as nossas propostas. Infelizmente, houve duas propostas muito importantes para a vida coletiva que não passaram”, salientou, notando que essas propostas tinham que ver com a “redução do IVA sobre os bens alimentares” e “para a valorização das pensões mais baixas”.
José Luís Carneiro considerou que, hoje, se poderia “estar a dizer que os portugueses, a partir de janeiro de 2026, iriam viver um pouco mulher, mas não foi possível porque chumbaram essas propostas”.
O secretário-geral do PS elencou ainda outras propostas que acabaram por ser chumbadas, mas ressalvou que não vão “desistir” e que, no início do próximo ano, o seu partido irá apresentar uma proposta para que que “o Estado crie outras condições financeiras e contratuais com as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS)”.
“Aquilo que me traz aqui hoje é de dizer aos portugueses que nós, nesta altura, temos de olhar para os mais idosos, para aqueles que se encontram só, mais fragilizados nas suas vidas, temos de viver de uma forma mais humanista a nossa vida coletiva e, para esse efeito, o PS vai levar à Assembleia da República uma proposta, no princípio de janeiro, para que que o Estado crie outras condições financeiras e contratuais com as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) para que os idosos que estão hoje acamados nos hospitais por falta de uma retaguarda familiar ou por falta de uma retaguarda social, para que o Estado encontra uma resposta adequada para um envelhecimento digno“, disse.
Marcelo promulgou Orçamento do Estado para 2026
De recordar que, esta segunda-feira, o Presidente da República promulgou o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).
No site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa realçou que, “ao promulgar o Orçamento do Estado para 2026, o Presidente da República sublinha a contribuição do Parlamento para a estabilidade financeira interna e externa, o sentido institucional e a compreensão da conjuntura internacional”.
